Primeiro lote está previsto para ser destinado a nações mais necessitadas. Governo brasileiro à Covax em setembro e em outubro realizou pagamento da primeira parcela (R$ 830 milhões) de um total de R$ 2,5 bilhões
RIO - Apesar da previsão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que as primeiras doses de vacinas que fazem parte da iniciativa global Covax cheguem aos países signatários na segunda quinzena de fevereiro, o Brasil deverá receber seus primeiros imunizantes apenas em março, assim como outros países das Américas. Isso porque o primeiro lote está previsto para ser destinado a nações mais necessitadas.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a previsão é de que as primeiras 20 milhões de doses do consórcio para os países e territórios das Américas estejam disponíveis no início de março. A partir daí, a distribuição ocorrerá de forma gradativa.
"Nossa expectativa é de começar a distribuição em março, e de maneira continuada. Para todos os países das Américas a expectativa é de atender ao redor de 20 milhões de doses em março. A estimativa para abril é de 35 milhões, para maio 45 milhões, e junho 95 milhões", disse o subdiretor OPAS, Jarbas Barbosa.
O total que será destinado a cada país ainda não foi definido. "Quando se confirmarem as entregas nós vamos divulgar exatamente a quantidade para cada país", afirmou Barbosa. A definição depende do total de doses disponíveis, que pode variar à medida que novos imunizantes sejam aprovados.
A iniciativa Covax é uma parceria da OMS com a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi) e a Coalização para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi). A Gavi é uma fundação criada por Bill Gates para combater epidemias e facilitar a distribuição de vacinas em países de baixa renda. A Cepi, criada em 2017, é instituição filantrópica para desenvolver vacinas e evitar epidemias.
O objetivo inicial da Covax divulgado no meio do ano passado era de fornecer dois bilhões de doses de vacinas seguras e eficazes até o final de 2021. Para isso, a iniciativa passou a contar com investimentos de diversos países para financiar a pesquisa, a produção e a distribuição dos imunizantes.
A distribuição deve beneficiar os países investidores, mas principalmente ajudar a bancar a vacinação para as localidades que não possuem condições financeiras para a aquisição das doses.
A adesão do governo brasileiro à iniciativa ocorreu em setembro. No início de outubro, o Ministério da Saúde anunciou o pagamento da primeira parcela para o programa, no valor de R$ 830 milhões, de um total de R$ 2,5 bilhões.
Por meio da Covax, o Brasil esperava receber até o fim da primeira metade deste ano doses para 10% da população brasileira (cota mínima para o negócio), o que equivale a cerca de 20 milhões de pessoas - em caso de vacinas que necessitem de duas doses, isso representaria 40 milhões de doses. Em dezembro, a pasta disse esperar receber 42 milhões de doses do consórcio.
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/brasil-so-deve-receber-vacinas-de-consorcio-internacional-em-marco,d4bcfde0bbc69a048c0dd85f7a259295zm3xok56.html
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