A região dos Carajás, também conhecida como Serra dos Carajás, está localizada no estado do Pará. Com tanta diversidade, o lugar já participou de uma proposta para transformar-se em uma unidade federativa.
Mas o que há de tão especial por lá? Uma cultura rica, boa gastronomia e muitas belezas naturais. Portanto, se você ainda não conhece ou quer mais detalhes sobre o local, continue a leitura. Você vai descobrir os principais encantos da região e como garantir uma passagem para Carajás.
Características gerais
A Serra dos Carajás é rica em minerais e tem altitude acima de 700 metros. No passado, a área era habitada por tribos indígenas e depois pelos colonizadores portugueses, mas tornou-se um grande centro urbano devido à exploração de minérios.
O território corresponde à maior reserva de minério de ferro do planeta e a segunda maior de manganês. Além disso, a área também tem grandes reservas de outros minerais, como ouro, prata, urânio, níquel, cromo, zinco e estanho.
Por esse motivo, a região é um dos maiores polos de desenvolvimento do estado e atrai muitos investidores de diferentes partes do país, mas o destino também se destaca pelas atrações de ecoturismo.
Crescimento econômico
A economia mudou muito após a chegada do Projeto Grande Carajás, que desenvolve atividades de mineração em toda a região. Desde 1970, o território mudou bastante e tornou-se mais urbano, com boa infraestrutura, aeroporto, rede hoteleira, restaurantes e shoppings.
Atualmente, a Serra dos Carajás abrange 39 cidades. Devido à sua grande extensão territorial, mais de 289 mil quilômetros quadrados, ela divide-se em sub-regiões de grande valor para o Pará.
Tamanho é uma palavra que combina muito bem com esse estado. Em 2011, houve um plebiscito para discutir a separação do estado em três: Pará, Carajás e Tapajós. No entanto, a proposta foi rejeitada pelos moradores, e o Pará continua sendo um só, apesar das diferenças entre essas três grandes regiões.
História de Carajás
A região que hoje conhecemos como Carajás teve os povos indígenas Karajá e Kayapó como os primeiros habitantes, seguidos dos exploradores portugueses. Durante a década de 1960, foi descoberta uma das maiores reservas de minério do mundo dentro do território dos Carajás.
A partir daí, iniciou-se o processo de exploração e ocupação da área. Os moradores de Carajás vieram de diferentes regiões do Brasil, sendo que apenas 11% da população é, de fato, paraense. O restante migrou de lugares como Maranhão, Goiânia, Tocantins e Minas Gerais — esses povos representam cerca de 69% dos habitantes da região.
Desenvolvimento econômico
O ano de 1970 foi bastante importante para o local, pois grandes empresas decidiram investir na exploração de minerais, dando origem à Amazônia Mineração S.A. A organização foi criada pela associação entre a Companhia Vale do Rio Doce e empresa norte-americana U.S. Steel.
Dessa forma, iniciou-se a exploração do minério de ferro no Carajás, trazendo grandes modificações para a economia e a estrutura locais. Nos anos 1980, a Vale começou a atuar sozinha na área de mineração e obteve exclusividade na exploração de ouro e manganês.
Depois dessa conquista, a empresa investiu no Projeto Ferro Carajás, um complexo minerário de grande importância para a economia local e nacional. E para facilitar o transporte desse material, em 1982, foi criada a Estrada de Ferro dos Carajás.
Essas inovações deram origem à construção da vila de Parauapebas, localizada no vale do rio que leva o mesmo nome. Com o passar dos anos, a pequena vila transformou-se em um grande município, que hoje é considerado o segundo maior do estado do Pará.
Proposta para a criação da unidade federativa Carajás
Outro marco na história dos Carajás é o plebiscito sobre a divisão do estado do Pará, colocado em pauta em dezembro de 2011. A proposta tinha como objetivo dividir o território paraense em três estados: Carajás, Tapajós e Pará, com as respectivas capitais Marabá, Santarém e Belém.
Um dos motivos para a criação do estado dos Carajás é a grande extensão territorial — 289.799 quilômetros quadrados —, o número de habitantes — 1,7 milhão — e os graves conflitos agrários, que desencadeiam muitos entraves sociais para o desenvolvimento local.
No entanto, a proposta foi rejeitada pelos paraenses: 66% da população votou contra a separação do estado. As cidades que seriam capitais dos novos estados tiveram o maior número de votos a favor da separação: 98,66% em Santarém e 93,68% em Marabá. No entanto, Belém, que segue como única capital do estado, teve votação expressiva contra a divisão, com 94,87% dos votos.
Caso a separação realmente acontecesse, Carajás seria um estado com 39 municípios e tamanho menor do que países como Portugal, Equador e Uruguai. O PIB seria outro destaque — equivale a, aproximadamente, 28% do PIB do Pará.
Localização
Carajás fica no Sudeste do estado do Pará, no Norte do país. A região tem o município de Marabá ao norte e Canaã dos Carajás e Água Azul ao sul. A leste, está Curionópolis, e o oeste, a cidade de São Félix do Xingu. A região é acessível por diferentes meios de transporte: aéreo, rodoviário e ferroviário.
Como chegar
Para quem deseja viajar de avião, basta escolher um voo com destino ao Aeroporto de Carajás, localizado no município de Parauapebas. Há voos regulares vindo de grandes cidades com escalas em Belém e Brasília. De lá até o centro da cidade, o visitante pode ir de ônibus ou táxi. O trajeto é de apenas 15 quilômetros.
O aeroporto, construído na década de 1980 e localizado às margens da Rodovia Raymundo Mascarenhas, é muito importante para os negócios da região e, por isso, tem um grande fluxo de passageiros. Anualmente, o aeroporto recebe de 60 mil a 80 mil pessoas.
Quem prefere o acesso rodoviário deve seguir de carro ou pegar um ônibus que parte de Belém via Alça Viária. O percurso começa na Rodovia PA-150 e vai até Marabá, em um trecho de quase 500 quilômetros. Após chegar a Marabá, basta continuar a viagem pelas rodovias PA-150 e PA-275 até chegar ao município de Parauapebas, um trajeto de cerca de 160 quilômetros.
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